POTIGUAR 2017: Mesmo sorriso e zero álcool: Somália tenta resgatar orgulho no América-RN

Foto: Canindé Pereira/Divulgação

O meia Somália não vê a hora de entrar em campo novamente com a camisa do América-RN. Na primeira passagem pelo clube, em 2009, foi peça fundamental para salvar a equipe do rebaixamento na Série B. Depois, em 2013, repetiu tal façanha com o ABC e por isso tem o respeito das duas maiores torcidas do Rio Grande do Norte. No Mecão, desta vez, a missão é recuperar o orgulho do torcedor que anda ressabiado com a queda para a Série D na última temporada.

- Voltei pela história que tenho aqui no América. Foi uma passagem curta em 2009, mas foi marcante em minha vida. Foi dali que eu dei um salto maior na minha carreira. Voltei também pelo desafio, pela grandeza e história que o América tem. Temos que procurar resgatar a moral do torcedor, essa paixão do torcedor de ir ao estádio - destacou Somália, que, após o bom desempenho no Mecão no Brasileirão, se transferiu para o Botafogo.

O "curinga", que também atua como volante e lateral, respeita a insatisfação da torcida, mas quer o apoio de todos para que o América volte em breve ao patamar que merece no futebol nacional.

- É preciso ter um pouco mais de paciência, mas o torcedor é assim. O torcedor é apaixonado, quer ver o time bem e nos últimos anos a gente tem visto o América caindo de série, passando por situações muito complicadas e o torcedor, lógico, perde um pouco da paciência. Acho que a gente só muda isso com trabalho. Conquistando títulos, buscando coisas melhores, a gente vai mudar o pensamento do torcedor. Espero que o torcedor jogue junto com a gente, vá ao estádio para nos apoiar, para darmos a volta por cima juntos - completou.

Foto: Canindé Pereira/Divulgação

Aos 32 anos, Somália não é mais nenhum garoto. Sabe bem disso, mas revelou estar pronto para quando o técnico Felipe Surian precisar. Ele não joga desde o ano passado, quando defendeu o CRB. A regularização junto à Confederação Brasileira de Futebol foi confirmada na tarde desta terça-feira. 

- Se eu estiver gordo, eu vou correr gordo, e vou dar o meu melhor sempre. Isso é o mais importante. Quando o professor quiser, vou estar à disposição. Vinha treinando em São Paulo, me adaptei bem aos treinamentos - destacou.

Problemas no passado

Feliz com o apoio que tem recebido de torcedores e funcionários no retorno ao clube, Somália disse estar livre das bebidas alcoólicas e afirmou que os problemas extracampo ficaram no passado.

- Já tive vários problemas extracampo. Não nego isso. Mas dentro de campo eu fazia a minha parte também. Jogava com vontade, dava o sangue pelo time. Hoje é outro Somália. Faz dois anos que não coloco uma gota de álcool na minha boca, não frequento as noites, isso tem me ajudado bastante. O que vai determinar isso daí é meu testemunho de vida, não é da boca para fora. E no futebol vale aquilo que você faz em campo, e não fora - concluiu.

FONTE: GloboEsporte.com/RN