quarta-feira, 25 de maio de 2016

OLIMPÍADA: Oscar crava ouro para sobrinho Bruno Schmidt e espera pódio no basquete

Foto: Jocaff Souza/GloboEsporte.com
A torcida pelos atletas brasileiros que disputarão os Jogos Olímpicos no Rio de Janeiro é grande e um deles vai ganhar um incentivo a mais para buscar a medalha de ouro. Bruno Schmidt, que faz dupla com Alison no vôlei de praia, tem um reforço de peso nesta corrente positiva: o tio Oscar Schmidt,primeiro atleta a superar a marca dos mil pontos na história do basquete nas Olimpíadas, com 1.093 pontos.
- Eu creio que no basquete, o Brasil deve ganhar uma medalha. No vôlei de praia, já está garantida a medalha, vai ser o meu sobrinho, e de ouro. A torcida é grande e estamos muito confiantes - disse Oscar durante passagem por Natal, nesta terça-feira.
Na última semana, outro tio de Bruno, o jornalista Tadeu Schmidt, apresentador do Fantástico,participou do revezamento da Tocha Olímpica em Vitória, no Espírito Santo, e também declarou apoio do jogador de vôlei de praia.
BASQUETE ESTAGNADO

Quanto ao basquete, o Mão Santa torce por uma conquista da seleção brasileira, mas vê dificuldades por conta da falta de renovação em quadra. O time canarinho masculino não esteve presente nas edições dos Jogos de Sydney 2000, Atenas 2004 e Pequim 2008. A volta foi em Londres 2012, quando o Brasil terminou na quinta colocação. 

- Primeiro, não houve a renovação como deveria ter havido na nossa seleção. Segundo, as outras seleções ficaram mais fortes. Com a divisão do Império Soviético, nasceram 10 seleções fortes. Com isso, o basquete ficou mais competitivo. Então, quando a seleção brasileira viajava para disputar os campeonatos internacionais, eram jogos mais fáceis. Hoje em dia, está muito difícil. O momento certo dessa quebra na renovação eu não sei identificar, mas deve ter havido uma sequência de eventos para que chegasse a esse ponto - criticou.
Foto: Jocaff Souza/GloboEsporte.com
Oscar ainda falou sobre a preparação realizada pelo técnico argentino Rubén Magnano, que mais uma vez estará no comando da seleção brasileira nas Olimpíadas -  a primeira vez aconteceu em Londres. O ex-jogador disse que, se a equipe conseguir a formação completa, apesar da incerteza com a participação do pivô Tiago Splitter, o Brasil pode pensar em chegar até no pódio. Caso contrário, corre o risco de sofrer derrotas inesperadas, como para a Jamaica, em 2013, durante a Copa América.
- A seleção vive esse sobe e desce há anos, mas se nessa Olimpíada o time vier completo, pode chegar longe. O nosso problema é que se o time for completo, é bom. Mas, se não for o ideal, perde até para a Jamaica, e eu nem sabia que existia time de basquete lá. Pensava que só eram corredores, mas perdemos da Jamaica - lembrou.
DIAS MELHORES

Em 2011, Oscar Schmidt foi diagnosticado com um câncer no cérebro e desde então segue em tratamento médico. Após várias cirurgias e aplicações de quimioterapia, sofreu outra complicação por conta de uma arritmia e passou a tomar vários remédios. Mesmo com os problemas, o ex-jogador afirma que, desde a constatação da doença, vive os melhores de sua vida. A esperança e fé na recuperação amenizam os problemas do dia a dia. Com o dinheiro que ganhou ao longo da carreira, Oscar comprou vários imóveis e fala que tem uma "boa aposentadoria". Há alguns anos, foi convidado para dar uma palestra em uma multinacional e viu que aquele mercado poderia ser a fonte de renda para a sua família. Desde então, vive com a agenda lotada e viaja os quatro cantos do país, contando as histórias do tempo em que foi jogador e da superação com a enfermidade.

 Para alguns pode ter sido triste, mas para mim melhorou a minha vida. Tudo aquilo que eu fazia um pouquinho, agora eu faço bem mais. O jogador de basquete era, porque agora mudou tudo com a NBA, um cara com uma arma e apenas uma bala. Se você errar o tiro você pode até passar fome. A minha vida sempre foi de comprar apartamentos, salas, e minha aposentadoria é disso, desses imóveis que eu tenho. Não preparei nada para depois de parar de jogar, porque eu jogava em uma intensidade grande e quando parei, resolvi fazer palestras. Descobri um mercado enorme e passei a ganhar um dinheiro que eu também achei legal. Apareceu a doença, mas eu disse que no caixão não há cofre. Então, eu vou é gastar tudo e passei a fazer muito mais daquilo que já fazia. Eu viajo mais, compro presentes melhores para a minha família, procuro fazer as coisas por mais tempo e, por isso, posso dizer que minha vida melhorou muito - completou.
FONTE: GloboEsporte.com/RN

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