Imagine completar um desafio em que é preciso nadar 750 metros de natação, pedalar 20 km e correr outros 5 km com a pressão de representar o país? É essa a missão da potiguar Ana Raquel Lins, de 25 anos, que disputa no próximo fim de semana o Campeonato Mundial de Paratriatlo, em Roterdã, na Holanda.
Foto: Arquivo Pessoa |
Líder do ranking feminino brasileiro e campeã nacional na categoria PT-4 no início deste mês, em Caraguatatuba, litoral paulista, Ana Raquel pode se tornar a primeira representante da modalidade do Rio Grande do Norte na Paralimpíada do Rio de Janeiro. A modalidade será disputada na praia de Copacabana. Para isso, precisa superar a segunda colocada no ranking brasileiro, a catarinense Tamires Hintz, que também estará em Roterdã.
- Será o meu primeiro Mundial e enfrento outras dez atletas, incluindo a Tamires Hintz, que é segunda colocada no ranking brasileiro. Estamos viajando hoje (segunda-feira) para Roterdã junto com uma equipe com mais cinco atletas e com uma expectativa muito grande de conseguir essa vaga - planejou a triatleta.
Ana Raquel Lins pratica triatlo desde agosto de 2015, quando participou de uma prova em Natal. Antes, fazia apenas a natação e integrou a equipe do Centro de Apoio ao Deficiente Físico do Rio Grande do Norte, mas se sentia desestimulada a participar de competições.
Com o sonho de participar da Paralimpíada, Ana Raquel aumentou a carga de treinos no início deste ano e conquistou as principais competições brasileiras. A potiguar acredita que pode conquistar a inédita vaga para a Rio 2016.
Foto: Arquivo Pessoa |
- A natação não estava mais suprindo a minha necessidade. Aprender a correr e a pedalar foram coisas muito instigantes para mim. Por isso, comecei a praticar o esporte e me apaixonei. Durante a semana, eu faço um revezamento das modalidades. Em um dia, faço natação e corrida. Em outro, o ciclismo e trabalhos de musculação. É desgastante, mas me estimula a ultrapassar os limites - ressalta Ana Raquel.
Classificação
Ana Raquel foi classificada na categoria PT4, que inclui atletas com comprometimentos como deficiência nos membros; hipertonia, que é uma tensão muscular exagerada ou permanente quando o músculo está em repouso; ataxia e/ou atetose, que são a perda do controle muscular durante movimentos voluntários, como andar ou pegar objetos; carência de força muscular e amplitude de movimentos diminuída.
Nas etapas de ciclismo e corrida, atletas amputados podem utilizar próteses ou outros dispositivos de apoio aprovados. A diferença em relação às categorias PT2 e PT3 é que na PT4, se enquadram os atletas que obtiverem uma pontuação entre 495,0 e 557,0 pontos na avaliação de classificação.
FONTE: GloboEsporte.com/RN
Nenhum comentário:
Postar um comentário