Foto: Diego Simonett |
Garantido na primeira divisão do Campeonato Potiguar de 2018, o Santa Cruz de Natal agora vai querer tirar lições do que aconteceu neste primeiro ano na elite. Para o técnico Júlio Terceiro, tudo pode ser encarado como "aprendizado". O Tricolor sofreu o risco da queda para a Segundona do estadual até a última rodada. Mesmo com a derrota por 2 a 0 para o Potiguar de Mossoró, na Arena das Dunas, a sobrevivência foi garantida porque o Alecrim perdeu para o ABC por 2 a 1, no Frasqueirão.
Foram apenas duas vitórias na competição. A primeira foi conquistada apenas na quinta rodada do returno, diante do Baraúnas, quando já parecia ser impossível se livrar do rebaixamento. Era, até então, uma campanha de quatro empates e sete derrotas. Depois, veio o triunfo sobre o Alecrim, concorrente direto contra a degola. Foi o suficiente para garantir a permanência.
- Aprendemos bastante. Erramos muito e acertamos algumas coisas. Foram detalhes que a gente tem que ajustar para o ano que vem. Não sei se vou estar aqui até o ano que vem, mas o raciocínio é acertar mais. A gente já teve reunião sobre isso. Foi a primeira experiência de todos, do presidente e de toda a diretoria. Mas a gente conseguiu o maior objetivo, que era ficar na primeira divisão - declarou Júlio Terceiro.
O Santa ainda conviveu com o rebaixamento durante o jogo contra o Potiguar. Enquanto perdia por 1 a 0 do Potiguar, o Alecrim vencia o ABC no Frasqueirão. Era preciso pelo menos o empate para o time continuar na primeira divisão. Mas o empate alvinegro surgiu 16 minutos depois e aliviou a tensão para Júlio Terceiro.
- Quando o Alecrim fez o gol, eu tentei mudar o esquema. Tirei o volante e coloquei mais um meia para buscar o empate, mas logo em seguida fiquei sabendo que o Alecrim tinha tomado dois gols e eu cheguei até a dar oportunidade para um garoto da base. Queria ter tido oportunidade de colocar outros que estavam no banco. A realidade é que foi positiva a permanência do Santa Cruz - continuou.
Júlio Terceiro está no Santa Cruz desde 2016, quando disputou a segunda divisão estadual como jogador. Se aposentou no final da temporada, passou a ser gerente de futebol, auxiliar técnico e, depois de duas quedas de treinadores, acabou por assumir o comando da equipe. Com um grupo conhecido em mãos, reconheceu a baixa autoestima dos atletas e buscou recuperá-la em campo. Deu certo.
- O mérito é todo dos atletas. Eles estavam derrotados e a única coisa que eu fiz foi implantar minha maneira de marcar e dar a felicidade para eles jogarem no ataque. O meu time não driblava, não tentava uma caneta, um chapéu... E eu quis dar essa liberdade para eles. Dei a felicidade, resgatei a alegria para eles poderem jogar de futebol. O jogador de futebol desde criança sonha em ser atleta e esse sonho tinha acabado para eles - completou o técnico.
FONTE : GloboEsporte.com/RN
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