(Foto: Estadão Conteúdo) |
Frustração é apenas umas das palavras que podem ser usadas para definir o sentimento de Bahia e ABC após o empate em 2 a 2, na Arena Fonte Nova. Basta olhar a tabela e executar contas simples para entender o motivo. O resultado da partida, disputada na noite desta terça-feira, deixa o Tricolor ainda mais longe do acesso e rebaixa o Mais Querido para a terceira divisão do futebol nacional. Uma noite melancólica, para ser esquecida por baianos e potiguares.
A três rodadas do fim da Série B, o Bahia é o sétimo colocado e está distante três pontos do quarto colocado, o Santa Cruz. Vencer na próxima rodada, contudo, não é o suficiente para voltar ao G-4, já que o Tricolor baiano tem número de triunfos inferior ao dos pernambucanos. O ABC, que ocupa a 18ª posição, tem 29 pontos, 11 a menos do que o Ceará, primeira equipe fora da zona do rebaixamento. Restam apenas nove pontos em disputa.
O ABC volta a campo na sexta-feira. A equipe encara o Mogi Mirim, às 21h (horário de Brasília), no Frasqueirão. Depois de dois jogos em casa, o Bahia sai para encarar o Boa Esporte no sábado, às 17h30, no Municipal de Varginha.
Gols, insatisfação e vaias na Fonte
O Bahia entrou em campo “mordido”, como se diz na gíria. Era nítido que a derrota diante do Santa Cruz, nessa mesma Arena Fonte Nova, ainda mexia com o brio dos jogadores. Para não dar nova chance ao azar, os donos da casa partiram para cima. Com um minuto, Roger já perdia grande chance de abrir o placar. Convivendo com o fantasma de um rebaixamento dado como certo, o ABC não se intimidou com a pressão e tentou chegar pelo lado esquerdo de ataque, aproveitando espaços entre o lateral Cicinho e Gabriel Valongo. Mas foi mesmo o Tricolor que balançou as redes. Kieza, sempre ele, aproveitou boa jogada de Eduardo e abriu o marcador. O gol deu uma acalmada no ânimo dos baianos, que praticamente pararam de jogar. Melhor para a equipe potiguar que, com cada vez mais espaço, passou a incomodar. O empate veio com Pingo, que acertou um belo chute de fora da área.
O gol do ABC dividiu os torcedores. Enquanto alguns tentavam apoiar, outros não poupavam nas vaias. O principal alvo das queixas foi o lateral Cicinho, que não gostou e fez um gesto com as mãos como quem diz: “Podem vaiar mais”. A atitude enfureceu a torcida, que continuou pegando no pé do atleta. Até o técnico Charles, que tentou defendê-lo, foi vaiado. Dentro de campo, o Bahia não fazia por merecer outro gol, mas acabou marcando com Roger, aproveitando outra assistência de Eduardo. A alegria do torcedor do Bahia durou pouco. Valente, o Mais Querido chegou novamente ao empate com Bismark, que recebeu de Ronaldo Mendes, driblou o goleiro e mandou para as redes, isso aos 41 minutos. Ao final da primeira etapa, vaias. Muitas vaias.
Fim de jogo melancólico na Fonte
A alegria do torcedor do Bahia começou antes de a bola rolar, quando o placar anunciou a troca de Cicinho por Railan. Embalados pelos gritos de “Eu acredito!”, o time da casa tentou pressionar, porém sem o mesmo ímpeto do primeiro tempo. Ainda assim, o Tricolor criou ótimas oportunidades. A primeira em uma cabeçada de Roger que Saulo fez grande defesa. A segunda, uma chance de tirar o fôlego da torcida. Tiago Real puxou contra-ataque e passou para Maxi. O argentino, sozinho, invadiu a área e deu um toque por cima do goleiro. A bola saiu caprichosa pela linha de fundo. O desespero ofensivo do Bahia, que muitas vezes atacava sem organização, deixava espaços. E o ABC mantinha o contra-ataque engatilhado. O que faltava era um pouco de capricho no momento de definir a jogada. Reginaldo desperdiçou ótima chance de virar o placar após passe de Romarinho. A tônica do jogo não mudou. O Bahia atacava desordenadamente. O ABC não tinha pernas para aproveitar os espaços e matar o jogo. E assim foi até o apito final de Heber Roberto Lopes. Um fim de jogo melancólico para baianos e potiguares.
FONTE : GloboEsporte.com/RN
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